Campeões dos 10 principais campeonatos estaduais do Brasil em 2016.
Por Nildo Ângelo
O
início da temporada no futebol brasileiro vem sempre acompanhado de
questionamentos, afinal, os estaduais são mesmos importantes?
Diria
que depende de qual a avaliação o questionamento se refere. Se estiver voltado
para a participação de equipes pequenas que só aparecem nos quatro primeiros
meses do ano oferecendo oportunidades a jogadores anônimos e que servirá para
equipes consideradas medianas no cenário esportivo nacional conquistar títulos
para a sua galeria e se considerar grande perante a sua torcida, sim, é
importante. Mas, vale salientar que o título estadual costuma ser valioso para
a equipe campeã, para os demais concorrentes, principalmente o maior rival,
torna-se uma conquista sem expressão.
Se
a análise levar em consideração a fragilidade da maioria dos adversários que
muitas vezes não faz frente às equipes de maiores investimentos e passa a falsa
impressão que se tem um supertime, fazendo crê que o time está pronto para o
restante da temporada, o que se comprova através da análise dos campeões dos dez
principais campeonatos regionais do Brasil é que os estaduais não são
importantes no quesito, “avaliação da qualidade”.
Utilizando
como base na pesquisa, as principais competições nacionais (Séries, A, B e C), os
números comprovam que três equipes não conseguiram o título, mas figuraram na
parte de cima da tabela (missão honrosa para a Chapecoense que chegou a final
da Sulamericana), enquanto que 70% das equipes que conquistaram o título
estadual em 2016 completaram a temporada como um grande pesadelo para os seus
torcedores, como mostra o quadro acima.
O
que fica evidente é que financeiramente o certame estadual é deficitário, o que
faz com que o planejamento anual para equipes de médio porte, passe pela
formação de dois elencos, uma equipe com custo baixo para o estadual e outra
equipe que será formada durante a competição para o último semestre, período em
que são realizadas as competições nacionais. Esse modelo de planejamento cria
uma incógnita quanto ao rendimento qualitativo da equipe, e a probabilidade de
se obter o sucesso é realmente muito baixa, afinal, não existe milagre no
futebol, o que deve existir é a continuidade de um trabalho.
Apesar dos números provarem que o campeonato
estadual não serve como parâmetro para aferir as reais condições para o
restante da temporada para as equipes consideradas de médio e grande porte, eu,
sou admirador do tradicional e questionado certame caseiro, mesmo que o
adversário diga que é um título sem expressão, quero com certeza entoar o grito
de CAMPEÃO na primeira competição do ano, mesmo que depois os números comprovem
que o time que chegou em primeiro não era esse escrete dourado que muitos
imaginavam.
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