Revista Digital Tangaraense

A notícia imparcial e com credibilidade!

domingo, 18 de dezembro de 2016

O DIA EM QUE O FUTEBOL PAROU UMA GUERRA



Era o ano de 1969, e o Santos realizaria uma excursão pela África com a intenção de promover o fantástico time que possuía. Em todos os cantos do mundo, numa época que ainda não existia a globalização, o nome de Pelé já era conhecido, e todos  queriam conhecer o rei do futebol.

Mapa da região que estava em conflito. Em destaque, as capitais e palco dos jogos: Kinshasa e Brazzaville.

A delegação do time do Santos saiu do Brasil ruma à antiga nação do Congo Belga, hoje conhecida por República Democrática do Congo, com o pensamento de divulgar a marca Santos e com a certeza de que mais uma vez Pelé encantaria o mundo com gols e jogadas espetaculares. Porém, não esperavam que chegando lá encontrariam uma cidade tomada por tanques e rebeldes. A nação estava imersa numa guerra civil.



Em 1969 a nação que hoje se chama República Democrática do Congo  era conhecida apenas por Congo, ou Congo Belga e estava sofrendo com uma guerra civil onde os militares, comandados pelo major Marien Ngouabi, tentavam se manter no poder após um golpe de Estado ocorrido em 1968.


Os rebeldes tentavam depor Marien com outro golpe de Estado. E Marien respondia violentamente, executando todos aqueles que eram contra seu regime. Claramente, o país estava mergulhado numa guerra civil sem fim.
Diante desse clima hostil e violento, a delegação do Santos desembarcou no país africano. Porém, para chegar até o local do jogo, precisaria atravessar as ruas de Kinshasa, que mais se parecia com uma campo de guerra.
Exército atravessando as ruas de Kinshasa

O time do Santos, que na época era considerado o melhor time do mundo, e tinha o melhor jogador do planeta (assim como o Barcelona hoje), estava em Kinshasa, e teria que atravessar o Rio do Congo para poder jogar em Brazzaville, palco do jogo amigável. Todos naquele país, ao ouvirem essa notícia, não perderiam por nada aquele jogo. Mas seria impossível existir jogo naquelas condições. Foi quando uma grande comoção popular para que a guerra civil parasse, e para que Pelé entrasse em campo, chegou aos ouvidos de toda a nação.
Os rebeldes declararam que cessariam fogo por alguns dias, com uma condição: de que, ao invés de uma única partida entre a equipe de Pelé e a seleção local, em Brazaville, fossem realizadas mais duas partidas adicionais em Kinshasa. A princípio os jogadores santistas não concordaram devido à agenda lotada de compromissos e viagens; mas não tiveram escolha e aceitaram realizar as três partidas. Nesse momento, na região de fronteira entre Brazzaville e Kinshasa, os exércitos das duas partes envolvidas na guerra escoltaram a delegação santista até o hotel e depois, até o estádio onde seria feito o jogo, demonstrando o clima de paz que agora cercava aquele país.
Time do Santos que enfrentou a Seleção do Congo naquele que seria um dos maiores desafios de suas vidas.

A partir daquele momento, não se ouvia mais tiros, nem explosões de bombas. Só se ouvia os gritos e o ensurdecedor barulho da fanática torcida africana, que, enlouquecida pelos dribles de Pelé e companhia, cantavam e dançavam sem parar.
O resumo dos jogos foi o seguinte: em Brazzaville, contra a seleção do Congo no dia 19 de janeiro de 1969, o Santos venceu por 3 a 2. Diz a lenda, que nesse jogo, os jogadores da seleção do Congo abusaram da violência contra os santistas, e o árbitro da partida fingia que nada acontecia. Pelé, cansado dos pontapés, sentou em campo, sendo imediatamente imitado pelos seus companheiros. Sem saber o que fazer, o árbitro parou o jogo. E logo foi surpreendido com um bilhete trazido da arquibancada que dizia: “O Santos de Pelé está aqui para dar um espetáculo. Eu estou aqui para assistir o espetáculo. Se você não aplicar as regras do jogo, vai sair preso do estádio”. Quem escreveu e enviou o bilhete ao árbitro foi ninguém menos que Marien Ngouabi, o presidente do Congo.
As duas esquadras, Santos e Seleção do Congo. O estádio lotado ao fundo demonstrou o clima de paz que reinava na região. Os jogadores abraçados simbolizando a paz entre os homens.

Dois dias depois, em Kinshasa, contra a seleção “B” do Congo, no dia 21 de janeiro de 1969, venceu novamente, por 2 a 0. E finalmente, ainda em Kinshasa, no dia 23 de janeiro de 1969 encerraria sua excursão dessa vez com uma derrota por 3 a 2 para uma equipe local, que se chamava Leopards. Exaustos pelo calor e sufocados pelo porte físico dos africanos, o último jogo encerrou a festa com uma vitória dos africanos, mas acima de tudo, com uma vitória da PAZ. Foi uma semana de paz, em um lugar onde muitos não sabiam o significado dessa palavra. Infelizmente, após a partida da delegação santista de volta pra casa, a guerra recomeçou.
Era o momento de selar a paz: Pelé e autoridades do Congo

E demonstrou que o esporte é humanidade. Que o esporte ultrapassa fronteiras. Que o esporte, representado pelo Rei do futebol, é acima de tudo paz, e não violência. Como Pelé mesmo disse, foi um dos seus maiores gols de placa.
Segue agora um vídeo com depoimentos de quem estava lá: Lima, Edu, Manoel Maria e Abel. Os verdadeiros heróis daquela partida. Vale a pena assistir:
VEJA VÍDEO DO DEPOIMENTO DE QUEM ESTEVE PRESENTE NESSE FATO HISTÓRICO:

FONTE: ALMANAQUE DO ESPORTE

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

SEI TANGARÁ ENCERRARÁ AS ATIVIDADES EM 2016 COM DIVERSAS MODALIDADES ESPORTIVAS


O sábado dia 10 de dezembro marcará o encerramento oficial das atividades esportivas na temporada 2016 para todos que fazem a SEI Tangará. A coordenação do projeto social definiu em reunião realizada na noite de hoje (07) as modalidades que serão ofertadas para as crianças de 06 a 12 anos que estarão presentes no estádio Aprijão a partir das 16 horas. Futebol, Voleibol, Basquetebol, atletismo e chutes ao arco serão as atividades que serão realizadas.

Após a programação de sábado a SEI Tangará retoma as atividades a partir de 15 de janeiro com a realização das matrículas para a próxima temporada e no mês de fevereiro está previsto o retorno aos treinos para os alunos de 06 à 15 anos.

A SEI Tangará agradece a FUN HAPPY FESTA E EVENTOS que ofertará pipocas e algodão-doce e a SAMIRES GÁS e ÁGUA que patrocinará a água mineral para os presentes na realização do evento. 

Assessoria de Comunicação SEI Tangará

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

OS TRADICIONAIS CAMPEONATOS ESTADUAIS

Campeões dos 10 principais campeonatos estaduais do Brasil em 2016.

Por Nildo Ângelo
O início da temporada no futebol brasileiro vem sempre acompanhado de questionamentos, afinal, os estaduais são mesmos importantes?

Diria que depende de qual a avaliação o questionamento se refere. Se estiver voltado para a participação de equipes pequenas que só aparecem nos quatro primeiros meses do ano oferecendo oportunidades a jogadores anônimos e que servirá para equipes consideradas medianas no cenário esportivo nacional conquistar títulos para a sua galeria e se considerar grande perante a sua torcida, sim, é importante. Mas, vale salientar que o título estadual costuma ser valioso para a equipe campeã, para os demais concorrentes, principalmente o maior rival, torna-se uma conquista sem expressão.

Se a análise levar em consideração a fragilidade da maioria dos adversários que muitas vezes não faz frente às equipes de maiores investimentos e passa a falsa impressão que se tem um supertime, fazendo crê que o time está pronto para o restante da temporada, o que se comprova através da análise dos campeões dos dez principais campeonatos regionais do Brasil é que os estaduais não são importantes no quesito, “avaliação da qualidade”.

Utilizando como base na pesquisa, as principais competições nacionais (Séries, A, B e C), os números comprovam que três equipes não conseguiram o título, mas figuraram na parte de cima da tabela (missão honrosa para a Chapecoense que chegou a final da Sulamericana), enquanto que 70% das equipes que conquistaram o título estadual em 2016 completaram a temporada como um grande pesadelo para os seus torcedores, como mostra o quadro acima.

O que fica evidente é que financeiramente o certame estadual é deficitário, o que faz com que o planejamento anual para equipes de médio porte, passe pela formação de dois elencos, uma equipe com custo baixo para o estadual e outra equipe que será formada durante a competição para o último semestre, período em que são realizadas as competições nacionais. Esse modelo de planejamento cria uma incógnita quanto ao rendimento qualitativo da equipe, e a probabilidade de se obter o sucesso é realmente muito baixa, afinal, não existe milagre no futebol, o que deve existir é a continuidade de um trabalho.

 Apesar dos números provarem que o campeonato estadual não serve como parâmetro para aferir as reais condições para o restante da temporada para as equipes consideradas de médio e grande porte, eu, sou admirador do tradicional e questionado certame caseiro, mesmo que o adversário diga que é um título sem expressão, quero com certeza entoar o grito de CAMPEÃO na primeira competição do ano, mesmo que depois os números comprovem que o time que chegou em primeiro não era esse escrete dourado que muitos imaginavam. 


quinta-feira, 24 de novembro de 2016

SAIBA O EFEITO DO EXERCÍCIO FÍSICO E SEDENTARISMO NA SUA PRESSÃO ARTERIAL, GLICEMIA E TRIGLICERÍDEO

Prezado leitor,
Você tem entre 18 - 35 anos e não é obeso?
O Grupo de Pesquisa sobre Efeitos Agudos e Crônicos do Exercício (GPEACE) liderado pelo Prof. Dr. Eduardo Caldas Costa (http://lattes.cnpq.br/1216441676725839) lhe convida a participar da pesquisa que busca compreender o efeito do exercício físico, sedentarismo e do comportamento ativo ao longo do dia em parâmetros cardiometabólicos.

Se interessou?

Para participar, você deve estar praticando exercícios físicos rotineiramente nos últimos seis meses ou estar totalmente sedentário neste mesmo período. Precisamos que você permaneça três dias (7h ás 17h ou 08h às 18h) não consecutivos em nosso laboratório para fazermos essas avaliações. Será disponibilizada alimentação, sala climatizada e internet. Durante este período será permitida atividades como assistir filme, leitura e estudo.

Você ganhará


Avaliação da Aptidão Cardiorrespiratória


Densitometria Óssea, resultados do exame:
1. Densidade mineral óssea;
2. Percentual de gordura corporal;
3. Percentual de massa magra.

          

Prescrição de treinamento personalizado

Endereço

Av. Sen. Salgado Filho, 3000 - Lagoa Nova, Natal - RN - UFRN
GPEACE, no subsolo do Dpto de Educação Física-UFRN

Entre em contato concosco

Prof. Yuri Alberto    (85) 98891 - 5847 - WhatsApp - http://lattes.cnpq.br/8002685789879197 
Prof. Altieres Júnior (84) 99652 - 0998 - WhatsApp   http://lattes.cnpq.br/7385621610790487
Geovani Araújo        (84) 98714 - 7588 - WhatsApp   http://lattes.cnpq.br/1152035500794127


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

EXEMPLO A SER SEGUIDO: PECUARISTA DOA 12 MILHÕES PARA CONSTRUÇÃO DO HOSPITAL DO CÂNCER

O pecuarista Antônio Moraes dos Santos, de 90 anos, doador dos recursos de construção e instalação da unidade do Hospital do Câncer de Barretos, em Campo Grande, inaugurada nesta quarta-feira (14), prometeu uma obra filantrópica ainda maior. Ele não adiantou o que será, mas disse que o investimento está previsto em R$ 100 milhões.
“Ponham mão no bolso gente. Vamos ajudar quem precisa. Estou dando para as pessoas o que eu não tive”, disse o pecuarista que nasceu em Minas Gerais e veio a Mato Grosso do Sul tentar a vida.
Antônio Moraes doou R$ 12 milhões para a construção deste novo hospital do câncer e ainda prometeu o custeio por mais um ano, cerca de R$ 150 mil mensais.
Segundo ele, no Estado há grandes fortunas, mas as pessoas não fazem nada pelos mais pobres. “Eu sempre digo que caixão não tem gaveta, mas vamos em frente”, afirmou.
O doador ainda disse que o que ele pretendia repassar de herança aos filhos já foi entregue e que agora está ajudando a quem precisa. Ele completará 91 anos em outubro.
“Hoje o clima é de festa e o coração do meu pai está ainda mais em festa por poder ajudar e trazer a Capital essa obra. Ele saiu de Minas deixando uma casa de chão batido em busca de uma vida melhor e foi abençoado por Deus. Ele cumpre o mandamento de amar, se doar e ter misericórdia com o próximo”, afirmou Janete Moraes, filha do pecuarista.
Além do hospital, uma carreta irá passar nos bairros oferecendo exames Papa Nicolau e para detectar câncer de mama. “Essa carreta vai levar um pouquinho do coração dele. Orem por ele, para que ele tenha saúde para cumprir mais esse desejo de construir algo muito maior, porque o que ele promete ele faz”, concluiu Janete emocionada.

Fonte:94fmdourados

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

COPA CRAQUE DO FUTURO 7ª EDIÇÃO

Ainda temos esperança...

A Copa Craque do Futuro que foi iniciada em 2010 pela escolinha SEI Tangará e consta em suas realizações a participação de vários atletas que atuaram no estádio Aprijão e atualmente estão desfilando o belo futebol em grandes equipes do futebol brasileiro, infelizmente vive um dilema: Haverá a edição de 2016?
A organização do evento tem buscado alternativas para que a competição que a cada ano está se firmando no calendário esportivo do futebol de base do estado do RN, não sofra uma interrupção. No máximo até amanhã (17), será divulgado o resultado final sobre a realização da 7ª edição que já tem as 8 equipes pré-confirmadas e a provável data (17/12/16).
Continuaremos em busca de parceiros para que o sonho de vários garotos não seja interrompido. Ainda temos esperança...

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Dia de Luta em todo o Brasil

Daniel Silva
Professor e Historiador

Hoje, lanço meu primeiro texto aqui na coluna da Revista Digital Tangaraense. Primeiro, gostaria de agradecer a Nildo Ângelo pelo convite de fazer parte desse novo projeto para a cidade de Tangará. Lançar uma Revista Digital que se proponha a discutir as nossas demandas municipais e, sobretudo, contribuir no que estiver ao nosso alcance para uma Tangará melhor. Assim, as discussões perpassam por  por meio de reflexões acerca da Educação, Economia,  Políticas Públicas Sociais, Juventude, Mulheres, Cultura, Esporte e lazer. A "Revista Digital Tangaraense  tem como objetivo apresentar um leque de reflexões que possa subsidiar na formação cidadã tangaraense e que possamos juntos refletirmos acerca dos acontecimentos locais e nacionais.
E hoje dia 11/11/2016 o Brasil está em luta contra os retrocessos que o Governo Michel Temer vem propondo para a nossa população. Nesse dia  em que lutamos contra os retrocessos na Educação, na saúde e na assistência social propostos pela PEC 241/2016 na Câmara dos Deputados e que tramita no Senado como a PEC 55/2016 - o povo brasileiro diz não ao retrocesso. Pois, essas conquistas foram com muitas lutas de milhões de brasileiros e hoje não podemos deixar de lutar pelos nossos direitos adquiridos com muitos sacrifícios. Outro ponto da paralisação  nacional é a Medida Provisória Nº 746, de 22 de setembro de 2016 que institui a  Reforma do Ensino Médio. Entre os pontos mais delicados se encontra a Reforma do Currículo, no qual disciplinas como Artes, Educação Física, Filosofia e Sociologia passam a não ter obrigatoriedade em nossas escolas. Outrossim, o notório saber é proposto pela MP746. Nesse sentido, a Educação corre sérios riscos de retroceder para uma educação tecnicista. Uma educação voltada para o modelo capitalista fazendo com que os educandos sejam formados para o "mercado de trabalho" e tirando a possibilidade de uma educação reflexiva e crítica, na qual, os educandos possam ser sujeitos ativos do processo ensino aprendizagem. Nesse sentido, é que a paralisação nacional de hoje dia 11/11/2016 tem respaldo nas ruas para que possamos juntos barrar a agenda de retrocessos do Governo Temer.